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  • Writer's pictureCarlos Seixas

Nesse tempo de tantas leis que tentam se opor ao comportamento social inadequado, também nos inspiramos a nos opor a outros comportamentos, que se não são socialmente inadequados, são naturalmente inconvenientes. Leis Anti-Fumo, ou Anti-Bebida Alcoólica na Direção, a famosa “Lei Seca”, chamam a nossa atenção para a necessidade de modificar procedimentos de terceiros que, se já foram vistos como irrelevantes, ou até objeto de modismos, hoje são identificados como uma invasão de nossa própria individualidade. Ninguém quer ser um “fumante passivo”. A ciência já identificou que um fumante ativo sempre interfere nos índices de salubridade do ambiente em que está, e se o ambiente é fechado, diretamente na saúde dos demais que estejam no mesmo ambiente. Ninguém quer ser atropelado por um louco que dirige embriagado. Os exemplos de acidentes fatais são diários, produzidos em muitos casos por aqueles que perderam a noção da realidade por ingerirem bebidas alcoólicas além dos limites aceitáveis pelo corpo. Mas será que o sedentarismo nos incomodaria da mesma forma? O que perdemos, se admitirmos a existência de pessoas completamente sedentárias ao nosso redor? Será que isso nos traria riscos ou inconvenientes para nossa própria saúde? Provavelmente não, mas certamente traria custos que não gostaríamos de suportar. Mais pessoas sedentárias significa, ou pode significar, mais cardiopatas, mais diabéticos, mais obesos, mais pessoas com problemas de mobilidade, mais pessoas com problemas do aparelho digestivo, e tantas outras coisas que gostaríamos de evitar. Significa também uma vida útil menor e menos feliz, sofrimentos desnecessários, tensões emocionais de todo tipo, para não falar nos distúrbios do aparelho cardiovascular, alguns deles silenciosos e mortais como a hipertensão arterial, a dislipidemia, etc. Todos esses problemas significam que uma parcela saudável da população terá maiores encargos financeiros, direta ou indiretamente, para cuidar da parcela menos saudável. Mais leitos de hospital ocupados por pessoas com doenças derivadas de seus próprios comportamentos. Uma análise estatística, que os médicos sabem bem fazer, poderia indicar a incidência de outras doenças associadas ao sedentarismo, como certas formas de câncer, distúrbios hepáticos ou da pele etc. Se tudo isso é verdadeiro, quero ser protegido. Eu quero uma Lei Anti Sedentarismo. Eu quero uma Lei que obrigue esse segmento, que é mais de 50% de nossa população, a se mexer e sair de sua letargia, reduzindo os custos que a parcela saudável da sociedade é obrigada a suportar. Vamos usar esses valores desperdiçados para melhorar a educação das crianças, uma vez que os mais velhos já estão fora do alcance de grandes mudanças de comportamento. Vamos usar essa economia para construirmos mais praças, plantarmos mais árvores, despoluirmos as águas, investirmos nas artes. Vamos deixar de gastar em doenças que podemos evitar, para usar esses recursos em coisas que podemos construir, para o bem de todos nós, e nossas futuras gerações. Finalizando, Senhores Legisladores, uma Lei Anti Sedentarismo poderia levar as pessoas a despertar e se conscientizar do mal que fazem a si mesmos, porque viverão menos e pior, e aos que lhes são caros, por que farão com que custos e sofrimentos que podem ser evitados, sejam compartilhados com nossos entes mais próximos. E se tais entes mais próximos são o que chamamos de “entes queridos”, porque não pensamos no bem-estar deles também, evitando tudo isso? Basta uma pequena mudança de comportamento. Nós podemos ajudar vocês a fazerem isso. Vamos conversar a respeito?

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  • Writer's pictureCarlos Seixas

Comentamos aqui sobre a existência de três aspectos fundamentais em nossas vidas. Nascimento, crescimento e morte. Início, meio e fim. Produto, Cliente, Transação. Consciente, Subconsciente e Superconsciente. O número 3 está presente em tudo que fazemos, e até em termos religiosos, a Sagrada Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo, é a nossa maior referência. Também nos habituamos a entender que o que se opõe a nós, o “Satan” bíblico é o oposto de Deus, e nosso inimigo. Se considerarmos a Universalidade de Deus, esse conceito é incoerente porque o antagonista também estaria incluso no corpo de Deus, e parte do Universo controlado por Ele. Deixando de lado as questões religiosas, observamos que o antagonista é extremamente importante em nossas vidas. Sem ele, não evoluiríamos. É ele que estabelece a sobrecarga e a resistência que nos faz crescer e aumentar nossa própria força. Não é possível aumentar o volume e a potência dos músculos sem que haja um antagonista. Os desafios de nosso cotidiano – nossos antagonistas – nos estimulam a crescer para resistir e sobrepujá-los. Alguém dirá: mas esse tal de “antagonista” é coisa ruim, um demônio que quer nos destruir. Esses são os que acham que as modificações em nossas vidas acontecem por “obra e graça do Espírito Santo”, não por nosso esforço. Naturalmente, o Espírito Santo nos inspira e orienta para que erremos menos, mas nada substitui o nosso próprio esforço na busca da evolução pessoal. Se observarem bem, verão que esse tipo de raciocínio que conclui que algum “grande provedor” deve nos proporcionar tudo que necessitemos é exatamente a bandeira de alguns ideias políticas que andam por aí. Naturalmente, não prosperarão, pelas razões que mencionei acima. Acreditem ou não.

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  • Writer's pictureCarlos Seixas

Nas mensagens anteriores falamos da importância de conhecermos a realidade se pretendermos transformá-la. Mas, existe um fenômeno que devemos discutir antes de buscarmos esse conhecimento: o engodo que aparece para nos distrair, levando-nos a esquecer o que é básico e nos agarrarmos a ilusões que não resistem a uma análise simples. As premissas convergem com as conclusões? Muitas vezes não. E nós paramos para pensar nisso? Muitas vezes não. E adquirimos ideias e produtos que não servem para nada, exceto extrair recursos nossos, sejam dinheiro ou tempo? Muitas vezes sim. Frequentemente somos apresentados a pseudo soluções para algo que nos incomoda, sob o argumento de que “agora sim, você tem a solução para o que te angustia, e você nem vai pagar tanto por isso”. As redes sociais nos inundam de mensagens a todo momento, e são o veículo ideal para tentar nos iludir. Vocês sabem por que, quando a Internet começou a operar, havia um valor baixo para ter acesso a ela? Um estudo foi feito na época e se chegou à conclusão de que o tal valor (que na época era algo em torno de R$25,00/mês, se não me engano) era baixo o suficiente para que ninguém pensasse muito antes de gastá-lo. A Internet é a fonte de grandes “verdades eternas”, e é exatamente isso a que somos submetidos todo dia. Desde antenas milagrosas que acabam com os custos de acesso a TV a cabo, até produtos que fazem com que percamos peso rapidamente, produtos que rejuvenescem até os muito idosos (ao menos temporariamente), roupas que nos fazem mais bonitos mais fortes ou mais encantadores, ou que prometem lavar nossas roupas sem usar sabão, e ainda produtos que medem coisas miraculosas em nossos corpos, nos ajudando a evoluir sem que tenhamos que perder tempo fazendo exercícios desagradáveis e incômodos. Nós não gostamos de sair de nossa zona de conforto. Por mais que falemos na importância de não usar drogas, muitos ainda usam, sob as mais variadas justificativas. Mesmo que provemos o tempo todo que o excesso de peso é danoso para nós, ainda assim continuamos ingerindo uma grande quantidade de alimentos, muito acima de nossas necessidades, o que provoca um aumento do peso corporal e uma deterioração de sua qualidade (menos músculos, mais gorduras localizadas). E os discursos são criativos e ardilosos, para ingerirmos o desnecessário. Os vendedores não se preocupam com os efeitos maléficos, se auferirem lucros com o resultado. Na questão das medições do corpo, já vimos promessas criativas que pretendem, a partir de medições nem sempre precisas, nos orientar para o cotidiano. A pressão arterial medida de qualquer forma e sem qualidade, a frequência cardíaca medida de forma incorreta, ou até nem mesmo conhecida, produtos que utilizam impulsos elétricos para substituir a atividade física e remover gorduras localizadas, medições de frequência cardíaca baseadas na fotopletismografia (PPG) no pulso ou na testa dos usuários sem que percebamos suas limitações etc. Recentemente, a mesma tecnologia foi empregada para medir oxigênio dissolvido ou ácido lático em outras partes do corpo – na coxa do atleta, por exemplo. Mesmo que tenhamos as informações corretas, se não soubermos o que fazer com elas não serão úteis, e podem nos levar a uma falsa sensação de segurança. Associadas a essas medições, outras funções são ofertadas, das quais alguns dos objetos de desejo mais populares são o GPS, as telas de toque coloridas, a possibilidade de transformar um relógio de pulso em um aparelho celular, ou de TV etc. Esquecemos, ou somos levados a isso, duas coisas importantes: Do que REALMENTE precisamos e PARA ONDE ESTAMOS INDO? Estará o nosso corpo se deteriorando ou evoluindo? Existe alguma morbidade se instalando? Estamos perdendo nossa flexibilidade? Nosso estresse está aumentando, e como consequência a qualidade de nosso pensamento se reduz? E se isso acontecer – a redução de nossa cognição – quem se beneficia? Em nosso e-book destinado ao Consumidor Final discutimos algumas dessas questões, e pretendemos trazer mais reflexões ao tema, e consequentemente, melhores decisões. Ser atraídos por algo que nos ilude, nos leva ao título desse texto. Voltaremos ao tema.


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